Quem sou eu

Eu sou nascido e criado na região da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais. Tenho alguns anos de vida, sou casado com Jandira e tenho um filho chamado Migué, de doze anos. Aprendi a ler e escrever e como gosto muito de falar, me convidaram pra trabalhar na Rádia Sucesso. Meu pograma é de 5 até 8 da manhã, todo santo dia, de menos o domingo. Dispois da rádia, você pode me encontrá na roça cuidando das minhas coisa.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não dá pra ficar sem falar nada





Está mesmo muito preocupante essa chuvarada na cidade. E na região inteira. E em Minas toda.

Claro que a gente precisa da água, divina, fonte da vida. A região é muito bem servida de belos rios, como o Elvas, o Pomba, o das Mortes, isso enriquece, garante a lavoura e a pastagem.


O que deixa a gente triste e preocupado é como essa aguaceira é recebida. Barbacena, em todo o caso, ainda tem a seu favor essa altura de mais de mil e cem metros e enchente, enchente mesmo, não acontece.

Mas em Cataguases, Muriaé e outras cidades da Zona da Mata e mesmo no Rio em Itaperuna, além da serra fluminense, gente, é de dar dó.

Tanta gente ficando sem casa, sem lugar pra morar. É gente arrastada, é gente retirada das casas que ameaçam desmoronar, é barranco de todo tamanho caindo sobre estrada, que medo que dá.

Todo ano é isso. E todo ano as tragédias se repetem. E ainda ficam colocando a culpa em São Pedro, em Deus.

Gente, chover tem de chover. Se a região e a época são assim, o que fazer?  Lá no Canadá, naquelas lonjuras, tem uma neve lascada que se deixarem paralisa o país inteiro. Só que não deixam, se preparam. No Japão e no México eles vivem passando perrengues com terremotos. Mas constroem de jeito que caem bem menos casas.

A diferença aqui eu já entendi. Posso ser matuto, mas não sou burro. Se a coisa acontece de hora marcada, ou melhor, de mês marcado, por que tudo desmorona, tudo entope, tudo enche?

Se aqui é assim, por que não arrumamos as cidades de jeito que aguentem essas coisas de hora marcada? Se fosse um, como é o nome... tsunami... isso que acontece de forma violenta e que ninguém espera, tudo bem, mas não é... essas águas são de hora marcada, todo ano é a mesma coisa.

É gente sofrendo, gente sem casa, gente desalojada, gente com fome e pior, com sede no meio de tanta água. Que ainda carrega doença.

Podem dizer o que quiserem, mas entupir bueiros como fazem por aí também contribui muito, asfaltar rios inteiros, mexer de forma errada com a natureza, tudo isso ajuda a tragédia. Não precisa ser engenheiro pra saber, basta um roceiro como eu.

E o que mais dói é ler aqui e ali que as verbas para prevenção são levadas mais para um lado do que para o outro, quando são levadas. Parece que somem com as enchentes. Fica a imprensa mostrando um monte de falcatrua. Teve ano aí que até o dinheiro da emergência andou sumindo numas cidades por aí. Isso sim,  dá vontade de chorar.

Só não choro porque não quero contribuir com a enchente.

O recado que fica é o seguinte: tragédia de hora marcada não existe. Existe é administração mal feita do dinheiro das pessoas, pago com suor dos impostos. Existe é falta de previsão, de urbanização correta, que permite construção nas encostas como acontece na serra fluminense. Existe é o deixa pra lá que ano que vem não acontece.

A chuva, essa vem mesmo e tem de vir. Para abençoar. Quem castiga é o homem, não Deus.

A conclusão é: se a Holanda ficasse esperando a boa vontade do mar já estaria debaixo d,água há muito tempo, se o México e o Japão e mesmo o Chile ficassem esperando a boa vontade da terra embaixo deles, já estariam todos no chão. Por que conseguem sobreviver? Porque sabem que ali a natureza funciona daquele jeito. Tirando as tragédias que não podemos prever, coisas de hora marcada não podem surpreender todo ano.

Desculpem o desabafo. Resta à gente agora se unir numa campanha para ajudar as entidades que estão recolhendo donativos para os desalojados e desabrigados. Resta agora apoiar os médicos e enfermeiros caridosos, os bombeiros corajosos e quem mais se arrisca para evitar um mal maior.

Tá desabafado, tá dito. Tá molhado demais. Inclusive pelas nossas lágrimas.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Cuidar da casa da gente

Outro dia estava vindo a pé, cedinho de tudo, aqui pra rádio e vi quanta coisa a gente mesmo pode fazer pra cidade ficar mais
bonita.
Vi sacos de lixo abertos, cascas de banana no chão, calçadas quebradas e pichações nos muros. Vi também muitos muros e paredes mofadas que mereciam uma demãozinha de tinta. Não é porque a parede é dos fundos que precisa ser toda feia.
Tá certo que a prefeitura precisa tapar muitos buracos, mas tem coisa que a gente mesmo precisa cuidar. Jogar lixo na rua é uma coisa feia que gari nenhum consegue evitar. Eles varrem, mas as pessoas jogam de novo... o centro da cidade, depois de um dia agitado, fica uma feiura só.
É, gente... assim não dá pra gente querer estar entre as cidades importantes da Estrada Real.
Desculpe aí, é só um toque para que você, que cuida direitinho das coisas, ensine a filhos e alunos e amigos que cada um é responsável, no seu cantinho, para embelezar a cidade.
Que tal começarmos uma campanha, varrendo as nossas calçadas, pintando nossos muros, limpando e evitando as pichações, jogando lixo no lixo?
Depois fica mais fácil cobrar da prefeitura.
Abraço do Zé.

Recomendo

No blog www.jrattademo.blogspot.com tem um artigo do Jairo que vale a pena dar uma olhada.